Dietoterapia
A dietoterapia chinesa (Yin Shi Zhi Liao Fa) constitui um dos pilares mais
importantes da Medicina Tradicional Chinesa, tem como objetivo: tonificar os
órgãos, equilibrar o Qi (fluxo de energia que circula pelo corpo), promover a
saúde e a nutrição através de uma alimentação saudável
e natural.(MACIOCIA, 1996).
Na aplicação da dietoterapia é necessário realizar uma avaliação completa tanto
quanto é realizada para sessões de acupuntura. Feito isso os alimentos são
selecionados conforme a síndrome energética apresentada e associada a outra
atividade que colabore para a harmonia dos cincos movimentos (Wu Xing),
aos quais os órgãos e vísceras (Zang Fu) estão relacionados.
A identificação da síndrome em medicina tradicional chinesa determina o princípio do tratamento, que é feito a partir da natureza da doença.
O metabolismo é o resultado de todas as reações químicas do nosso corpo. Na
visão oriental, tudo o que acontece no corpo está relacionado com cinco
órgãos vitais:
Fígado (Gan), Coração (Xin), Baço (Pi), Pulmões (Fei) e Rins
(Shen).
Para manter as funções, o organismo depende dos alimentos e do equilíbrio adequado, além disso, emoções destrutivas também prejudicam o funcionamento do corpo. O baço e estômago são responsáveis em digerir e absorver não só alimentos e nutrientes, mas tudo em nossa vida, são responsáveis pela nossa capacidade de concentração, fixação, aprendizado e daquilo que vimos e vivemos. Na Medicina Chinesa o baço é o grande responsável pela transformação e pelo transporte dos alimentos, e na conversão em Qi (energia).
Os alimentos são considerados o suporte para o corpo e a mente (Shen) e tem
dois aspectos Yin (material substancial e nutricional) e o aspecto Yang
(energético e metabólico). Eles devem ser escolhidos em função de sua
natureza: sabor, aroma, cor, temperatura, textura, movimento,
umidade, qualidades Yin ou Yang e pela correspondência de cada sabor com
os órgãos e vísceras, com as emoções e estações do ano.
O sabor correspondente ao órgão realiza a tonificação se ele estiver com sua
função deficiente, mas se ele estiver com excesso de energia, o sabor
correspondente pode ser prejudicial. Nos casos em que os órgãos estão
trabalhando em plenitude, com excesso de energia, há sabores que podem
atuar com efeitos reguladores.
Horários de cada órgão para harmonização com o alimento adequado:
O paciente que reconhece a doença como caminho de transformação necessário para melhor consciência de si mesmo. E assim, maior aproximação
do equilíbrio. Desfrutará de estado harmônico em corpo, mente, emoções e espírito.
Algumas práticas precisam ser somadas a alimentação energética. Desde o bom dormir, até como hábitos mentais saudáveis. O importante é iniciar o caminho de melhoria e querer estar bem o quanto antes.
“Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”. Hipócrates
Bom caminho!
Referência: CHONGHUO, T. Tratado de Medicina Chinesa. Roca, São Paulo:1993.